Certamente, muitos dos papás questionam a importância daquela gotinha diária, que o médico prescreve logo na primeira consulta do bebé e que deve manter ao longo do primeiro ano de
vida – a Vitamina D!!
A vitamina D é uma pró-hormona que desempenha um papel primordial em muitas funções do organismo. Durante muitos anos, pensava-se que tinha uma função exclusiva no metabolismo do fósforo e do cálcio, participando na formação de ossos e dentes fortes.
Atualmente, sabemos que a sua deficiência pode estar associada a muitas outras patologias, nomeadamente doenças auto-imunes e neoplásicas.
A vitamina D é produzida sobretudo pela exposição aos raios ultra-violeta (cerca de 90%).
Existe também em alguns alimentos, mas em quantidade muito pequena (peixes gordos como o salmão, a sardinha, o atum, ovos e manteiga). Nos bebés a suplementação está indicada pela contraindicação formal de exposição solar direta no primeiro ano de vida.
Além disso, o leite materno é pobre em vitamina D (o que aumenta ainda mais o risco de défice nos bebés que são amamentados exclusivamente.
Assim, em Portugal, todos os lactentes (independentemente da fonte láctea ou de terem ou não iniciado a diversificação alimentar) devem iniciar suplementação com vitamina D na segunda semana de vida, na dose de 400 UI/dia.
O esquecimento frequente ou a sua não administração, podem comprometer o crescimento ósseo e a saúde em geral ao longo de toda a vida.
Em conclusão: esta gotinha deve constituir uma rotina fundamental no quotidiano do bebé.
Não se esqueçam, que no futuro, a criança deve brincar e ter atividades regulares ao ar livre, com exposição regrada à luz solar e ter uma alimentação variada e diversificada.
Em contexto de confinamento face à pandemia do Covid 19 pode ser necessário o prolongamento ou suplementação com Vitamina D em idades mais tardias mas, nestes casos, deve sempre consultar o seu Médico Assistente!!